sábado, 6 de março de 2010

Olá assíduos não frequentadores...
Bom, admito que estou em falta com meu compromisso, peço desculpas, e não me justifico, pois não há justificativas...
bom depois de tanto tempo vou voltar a postar começando por essa poesia minha, que fiz recentemente, para a pessoa que tem feito da minha vida uma montanha russa...

De manha

Às vezes de manhã o telefone toca

E seu som estridente não desperta nenhum fascínio

Mas hoje especialmente ele soou

Como o badalar do mais profundo sino


Soou no momento de transe

Em que saio dos devaneios inconstantes

E incontroláveis do meu sub-consciente

E caio realidade que nem sempre é excitante


Soou, e como uma bomba

Despertou o meu corpo e minha mente

Para mera possibilidade de ser você

A nova clemente


A cada soar do telefone

Meu coração aumentava dentro do peito

E seus batimentos eram tão fortes

Quanto à erupção do magma de seu leito


A cada intervalo do telefone

Eu sentia com incrível precisão

Cada centímetro de dilatação

E contracção que bombeava meu corpo


Meu sangue corria pelas veias

Como maratonistas no meio da corrida

Tensos por não saberem o que aconteceu,

Ansiosos para saberem qual futuro será o seu


Fui tomado por um arrepio forte

Que tomou conta de todo meu corpo

Mas diferente dos outros, ele não passou

E todos os meus pelos ficaram ali, em pé fitou


Eu esperei ali imóvel alguém atender

Meus pensamentos ainda em transe

Pareciam automóveis frenéticos á correr

Ao passo que eu só me concentrava no telefone


E então alguém atendeu

Aquilo fez com que o mundo parar

O ar simplesmente não passava pela minha garganta

Meu coração dilatado, dilatado permaneceu

Meus pelos arrepiados não voltaram por lugar


O mundo estacionou

A brisa leve que passava estacionou

Os voadores pairavam no ar

Os pingos de chuva pararam para escutar

Qualquer nome, riso, expressão que pudesse te identificar


Porem nada aconteceu

E por um terrível engano, todo meu corpo estremeceu

Então o mundo volta ao seu curso

E eu emocionado com tudo aquilo

Volto a pensar-te, e pela primeira vez escrever-te

2 comentários:

  1. Um tanto quanto longo esse seu poema. Para a gente ver que nós escrevemos melhor quando temos inspiração, e não quando queremos forçar a barra.

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  2. exato. em um trexo de outro poema meu digo:
    "Não sou poeta, e sim refém das poesias, que me atacam e me fazem trasncreve-las, para que não só eu, mas todos que quiserem, possam lê-las e aprová-las; ou não."

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