sábado, 6 de março de 2010

Ainda na onda de retorno, vou ser um tanto clichê e vou falar de amor.
Houve tantas vezes "O Amor é uma Dor"... em um dos meus poemas digo:

"O amor, ao contrario do que dizem,

Não é dor; Dor é a ausência de amor.

O amor é tudo

E tudo é nada sem amor."


Eu realmente acredito nisso, sabe o amor por si só traz apenas felicidade, bem-estar, paz. Mas quando nos deparamos com os problemas que existem contra o amor, então acabamos por culpa-lo.

Estou sofrendo por amor, mas não sofro de amor. Sinto-me impotente, incapaz, inútil, frente à dificuldade que se prostrou entre mim, e o meu amor.

Me pergunto; "O que doí mais? perder um amor para outro, perder um amor por brigas, ou perder um amor pela simples impossibilidade de vivê-lo?". Meus caros, não há nada pior à um coração apaixonado do que sentir q tudo poderia ser maravilhoso, perfeito, único; mas não é, não por que tu ou ela não querer, mas por motivos fortes e externos, motivos ridículos, porem suficientemente presentes para mudar o rumo das coisas.

Era tudo tão lindo, tão novo, tão promissor. Tudo se encaixava, as duas cabeças eram uma unidade inteligente, crítica. Os dois corpos eram uma unidade linda, aquecida. Os dois amantes eram uma unidade pura, simples, apaixonada, única. Mas os caminhos eram duas unidades, distintas. As famílias eram tão distintas quanto. eles sabiam, mais cedo ou mais tarde, as distinções se sobre sairiam diante das unidades, mas como se preparar? Como não sofrer com a separação, a divisão de uma unidade?

Passa o tempo, a ferida cicatriza, mas estamos falando do coração, não de um machucado no joelho. O coração não deseja cicatrizar, e deseja se unir novamente, então ele deixa a ferida na carne viva, na esperança de que sua outra parte novamente o aqueça. Mesmo assim, a ferida doí, e com a dor vem as lágrimas, os gritos e o medo.

Então o cérebro entra em acção, e manda o coração cicatrizar, mas até isso dói..

Dor, dor, dor, quando não a sentirei mais? Fica a dúvida

Olá assíduos não frequentadores...
Bom, admito que estou em falta com meu compromisso, peço desculpas, e não me justifico, pois não há justificativas...
bom depois de tanto tempo vou voltar a postar começando por essa poesia minha, que fiz recentemente, para a pessoa que tem feito da minha vida uma montanha russa...

De manha

Às vezes de manhã o telefone toca

E seu som estridente não desperta nenhum fascínio

Mas hoje especialmente ele soou

Como o badalar do mais profundo sino


Soou no momento de transe

Em que saio dos devaneios inconstantes

E incontroláveis do meu sub-consciente

E caio realidade que nem sempre é excitante


Soou, e como uma bomba

Despertou o meu corpo e minha mente

Para mera possibilidade de ser você

A nova clemente


A cada soar do telefone

Meu coração aumentava dentro do peito

E seus batimentos eram tão fortes

Quanto à erupção do magma de seu leito


A cada intervalo do telefone

Eu sentia com incrível precisão

Cada centímetro de dilatação

E contracção que bombeava meu corpo


Meu sangue corria pelas veias

Como maratonistas no meio da corrida

Tensos por não saberem o que aconteceu,

Ansiosos para saberem qual futuro será o seu


Fui tomado por um arrepio forte

Que tomou conta de todo meu corpo

Mas diferente dos outros, ele não passou

E todos os meus pelos ficaram ali, em pé fitou


Eu esperei ali imóvel alguém atender

Meus pensamentos ainda em transe

Pareciam automóveis frenéticos á correr

Ao passo que eu só me concentrava no telefone


E então alguém atendeu

Aquilo fez com que o mundo parar

O ar simplesmente não passava pela minha garganta

Meu coração dilatado, dilatado permaneceu

Meus pelos arrepiados não voltaram por lugar


O mundo estacionou

A brisa leve que passava estacionou

Os voadores pairavam no ar

Os pingos de chuva pararam para escutar

Qualquer nome, riso, expressão que pudesse te identificar


Porem nada aconteceu

E por um terrível engano, todo meu corpo estremeceu

Então o mundo volta ao seu curso

E eu emocionado com tudo aquilo

Volto a pensar-te, e pela primeira vez escrever-te